terça-feira, 6 de março de 2012

Abandonada pelo pai aos três anos de idade, Yvonne foi criada pelos avós enquanto a mãe trabalhava como garçonete em um restaurante. Estudou dança e artes dramáticas e, aos quinze anos, partiu com a mãe para Hollywood. Acabaram retornando para o Canadá, mas fizeram uma nova tentativa em 1940. Desta vez, a sorte lhe sorriu: após ser figurante em vários filmes, inclusive no clássico noir This Gun for Hire (1942), conseguiu o papel título de Salome, Where She Danced (1945), um faroeste de grande sucesso coestrelado por Rod Cameron, com quem faria mais dois filmes do gênero. Intercalou a partir daí, entre pequenas e médias produções, títulos importantes como os também noirs Brute Force (1947), de Jules Dassin e Criss Cross (1949), de Robert Siodmak.
Continuou popular na década de 1950, graças a westerns, filmes de ação e fantasias orientais, como The Desert Hawk (1950), Silver City (1951), Hurricane Smith (1952) e Shotgun (1955). Típica "atriz de filmes de aventura, em que o talento interpretativo não era obviamente um fator indispensável", Yvonne, entretanto, teve seu grande momento na superprodução The Ten Commandments (1956), de Cecil B. DeMille, no papel de Sephora (Séfora, no Brasil), a esposa de Moisés, interpretado por Charlton Heston.
Quando as oportunidades no cinema começaram a minguar, apareceu em diversas séries na televisão, entre elas Death Valley Days, The Virginian e Bonanza. Entre 1964 e 1966, foi Lily Munster, a esposa de Herman Munster (Fred Gwynne), em setenta e um episódios da cultuada série The Munsters; este acabou por se tornar o seu personagem mais famoso, aquele pelo qual ela é lembrada em todo o mundo. Por essa época trabalhou ao lado de John Wayne e Maureen O'Hara em McLintock! (1963), um faroeste cômico de grande sucesso. Em 1971, estava na Broadway, no elenco do premiado musical Follies, ao lado de Alexis Smith. De seus últimos filmes, alguns em diferentes países, o mais marcante talvez seja Oscar (1991), no qual faz o papel da tia Rosa de Sylvester Stallone. Despediu-se das telas em uma produção de 1995 para a TV, The Barefoot Executive.
Yvonne casou-se uma única vez, com o dublê Robert Morgan, em 1955. A união terminou em divórcio treze anos depois. Tiveram dois filhos, Bruce e Michael. Em 1987, lançou sua autobiografia, Yvonne: An Autobiography. Morreu de causas naturais no Motion Picture & Television Fund's Retirement Home, em um subúrbio de Los Angeles, em 8 de janeiro de 2007, aos oitenta e quatro anos de idade.





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