quinta-feira, 26 de maio de 2011


Vivien Leigh, a mulher que aos poucos conquistou o mundo, com sua beleza predominante e incrível talento para atuação, foi uma mulher decidida e batalhadora, que lutou para atingir seus objetivos da melhor forma possível, sempre estudiosa e dedicada, passava horas lendo livros dos mais diversos assuntos, e na maioria das vezes se destacava por seu desempenho exemplar, muito disciplinada, tinha tudo o que uma menina bem nascida poderia ter. Lutou para conseguir seu maior papel, o de Scarlett O'Hara e disputou com inúmeras atrizes de peso, como Bette Davis, Lana Turner e Susan Hayward, mas saiu vitoriosa por sua insistência, e por todo seu trabalho e dedicação, foi indicada ao oscar e ganhou, brilhantemente.
Vivien atuou em diversos filmes depois de seu grande sucesso, obtendo grandes êxitos, mas poucos chegaram próximo ao de sua personagem em ...E O Vento Levou, e por esse motivo, Vivien se tornou inesquecível.
---------------------------------------------------------------------------------

Vivian Mary Hartley nasceu em 5 de novembro de 1913 em Darjeeling, na Índia. Vinda de uma família burguesa inglesa, seu pai, Ernest Hartley, era agente de câmbio e, paralelamente, atuava no teatro amador. No fim da Primeira Guerra Mundial, ele levou a família de volta à Inglaterra. Aos 6 anos de idade, sua mãe, Gertrude, decidiu colocá - la no Convento do Sagrado Coração, ainda que ela fosse dois anos mais jovem que qualquer outra aluna. Seu único conforto era um gato que vagava pelo pátio do convento, e que as freiras a deixaram levar para seu dormitório. Sua primeira e melhor amiga na escola era uma menina de 8 anos, que mais tarde também se tornaria uma atriz, Maureen O'Sullivan, que viera da Irlanda. Na quietude do convento, as duas brincavam de recriar os lugar que haviam deixado, e imaginavam como seriam os que desejavam visitar. Lá, ela se destacou na dança, no violoncelo e nas peças de final de ano.

De 1927 a 1932, ela se juntou aos pais na Europa. Os Hartley haviam deixado definitivamente a Índia, onde Vivian nascera. Ela aprendeu a falar fluentemente o francês e o alemão, além de fazer um curso de dicção. Em 1932, aos 18 anos, entrou na Academia Real de Artes Dramáticas de Londres; surpreendentemente, no entanto, ela saiu no outono do mesmo ano, quando decidiu se casar. Vivian conhecera e se apaixonara pelo jovem advogado Hebert Leigh Holman, de 31 anos, e os dois se casaram em 20 de dezembro de 1932. Logo em seguida, em 1933, nasceu Suzanne Holman, a filha do casal. Depois, retornou à Academia Real de Artes Dramáticas de Londres para concluir seus estudos e se tornar uma atriz.

Em 1935, consegue um pequeno papel no filme "Things Are Looking Up". No mesmo ano, assume o papel principal de uma peça baseada numa obra de Diderot. O sucesso é imediato e o grande produtor do cinema, Alexandre Korda, ao ver seu trabalho, a contrata por 5 anos. Ela troca seu prenome de Vivian para Vivien e se torna Vivien Leigh.

Em 1938, Laurence Olivier foi contratado para interpretar Heathcliff na produção de Samuel Goldwyn O Morro dos Ventos Uivantes (1939). Ele desejava que Viv interpretasse seu par-romântico no filme, que acabou com Merle Oberon. Mais tarde, Viv decidiu que precisava vê-lo, e partiu a bordo do Queen Mary. Dizem que, durante a viagem, ela ficava na cabine, lendo o livro E o Vento Levou, de Margaret Mitchell. Viv não só estava ansiosa para rever seu amado Olivier, mas também planejava conquistar o papel de Scarlett O'Hara, a protagonista do filme E o Vento Levou, de 1939. Concorrendo com 1400 candidatas, dentre as quais atrizes do porte de Bette Davis, Joan Crawford, Katharine Hepburn e Paulette Goddard, entre outras, Vivien sai vencedora e seu esforço é coroado ao ganhar o Oscar de Melhor Atriz por sua magnífica atuação.

Depois do estrondoso sucesso de E o Vento Levou, Viv protagonizou o filme A Ponte de Waterloo. No mesmo ano, ela e Larry fizeram Lady Hamilton, a Divina Dama. Durante essa filmagem, souberam que seus respectivos divórcios tinham saído, (mas o ex-marido de Viv ficou com a guarda da filha, Suzanne). Com isso, ela e Larry finalmente casaram-se numa cerimônia íntima em Santa Barbara, no dia 31 de agosto de 1940.

Depois de aparecer numa montagem de The Doctor's Dilemma, Viv fez turnê pelo norte da África para animar as tropas na Segunda Guerra. Ela e Olivier montaram em Londres The Skin Of Our Teeth, de Thornton Wilder, dirigida por Olivier e estrelada por Leigh. A peça foi um estrondoso sucesso mas, três meses após a estreia, Leigh recebeu um diagnóstico de tuberculose e como sendo maniaca depressiva e foi obrigada a parar o trabalho e ficar covalescente por oito meses. A saúde de Leigh, sempre frágil, continuou ruim nos anos seguintes.

Em 1947, Laurence Olivier foi sagrado cavaleiro e o casal passou a ser Sir e Lady Olivier; os dois tornam-se o casal mais popular da Grã Bretanha, depois dos Windsors.

Em 1949, Viv obteve o papel que só ficaria atrás de Scarlett: o de Blanche DuBois na montagem londrina de Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams. A peça foi dirigida por Laurence Olivier e Vivien Leigh foi coberta de elogios por seu desempenho como a frágil bela do sul.

Quando a Warner anunciou a versão filmada de Um bonde chamado desejo, Uma Rua Chamada Pecado (1951), pensou-se em Olivia de Havilland (com quem Viv havia contracenado em E o Vento Levou) para o papel principal. Mas, ofereceram a Viv, que recebeu cem mil dólares, tornando-se a actriz inglesa mais bem-paga da época.

Viv e Larry não iam a Hollywood há quase dez anos, e a chegada deles no outono de 1950 despertou entusiasmo no ramo. Ele também ia fazer um filme lá: Perdição por Amor, que já o dirigira antes em O Morro dos Ventos Uivantes.

Vivien Leigh teve um desempenho magnífico em Uma Rua Chamada Pecado e, por isso, foi recompensada com seu segundo Oscar de melhor atriz, mas seu trunfo teve um preço alto; ela diria depois: "Blanche DuBois é uma mulher da qual tudo foi arrancado, uma figura trágica e eu a entendo, mas interpretá-la me fez mergulhar na loucura."

Vivien Leigh e Laurence Olivier trabalharam nas peças César e Cleópatra e Antônio e Cleópatra em noites alternadas, para o Festival da Grã Bretanha de 1951. Naquela época, a vida de Vivien estava mudando. Ela, que sofria de tuberculose, também sobreu dois abortos, e foi diagnosticada como maníaco-depressiva (na medicina atual é conhecido como transtorno bipolar). Contudo, o público ainda a amava. Como o ritmo alucinado de trabalho era excessivo, Viv começou a cair em longos períodos de depressão. De fato, ela teve de se afastar do trabalho durante boa parte de 1952. Sua volta ao trabalho, no filme No Caminho dos Elefantes, só piorou as coisas: Viv teve um colapso no set, e precisou ser substituída por Elizabeth Taylor. Em

Em 1960 os boatos sobre a situação do casamento de Vivien Leigh e Laurence Olivier se confirmaram quando ele a abandonou para ficar com a comediante Joan Plowright, 22 anos mais nova do que ele. Ela pediu o divórcio por adultério, que foi concedido a 2 de dezembro de 1960. Depois disso, nunca mais se casou.

Em 1963, Viv ganhou um Tony por seu desempenho na comédia musical Tovarich. No ano seguinte, ela voltou a Hollywood para viver outra sulista no filme A Nau dos Insensatos.

Em outubro de 1964, ela retornou pela primeira vez à Índia, desde que saíra ainda criança. Ela visitou sua filha, Suzanne.

Em maio de 1967, quando ensaiava para A Delicate Balance quando teve uma recaida da tuberculose. Após várias semanas de repouso, ela parecia estar se recuperando, porém, na noite de 07 de julho de 1967, Merivale a deixou como de costume, para atuar em uma peça, e voltou para casa à meia-noite para encontrá-la dormindo. Após 30 minutos, ele voltou ao quarto e a encontrou caída no chão, Vivien, ja estava morta. Ela havia se levantado para ir ao banheiro, mas com os pulmões cheios de água, entrou em colapso, e não conseguiu ao menos chamar por socorro

Vivien Leigh foi cremada no Crematório de Golders Green , e suas cinzas foram espalhadas no lago de sua casa, Tickerage Mill, perto Blackboys, Inglaterra. Uma cerimônia religiosa foi realizada na St Martin-in-the-Fields, com um tributo final lido por John Gielgud.




Nenhum comentário:

Postar um comentário