domingo, 26 de junho de 2011


Sinopse
Em Kansas vive Dorothy Gale (Judy Garland), uma aluna de 11 anos que vive na fazenda dos seus tios Henry (Charley Grapewin) e Em (Clara Blandick). Após o cão de Dorothy, Totó, "atacar' a insuportável Srta. Gulch (Margaret Hamilton), que, irritada, vai até Henry e Em com uma ordem judicial que a autoriza pôr o Totó "para dormir". Apesar dos apelos de Dorothy, os tios dela se sentem obrigados em cumprir a lei, então Gulch pega Totó e o coloca em uma cesta na bicicleta dela. Porém o cachorro foge e corre de volta para a fazenda. Temendo que Gulch volte para pegar Totó, Dorothy foge. Na estrada conhece o professor Marvel (Frank Morgan), um adivinho falso que deixa Dorothy fascinada com seus "dons". Ele entende que Dorothy fugiu de casa, então sutilmente a persuade para voltar para casa. Porém, quando Dorothy e Totó voltam, surge um tornado enorme, que se move pelas planícies na direção da fazenda. Os colonos Zeke (Bert Lahr), Hickory (Jack Haley) e Hunk (Ray Bolger) correm com Em e Henry para um abrigo, fechando as portas antes de verem Dorothy, que não teve tempo de se proteger com eles. Dorothy corre para dentro da casa, quando uma tela de janela arrancada pelo vento voa através do quarto e bate na sua cabeça. Logo ela descobre que a casa da fazenda foi arrancada do chão pelo ciclone e está sendo levada para o centro do tornado. Olhando pela janela, vê voando com a força do vento os animais de fazenda, um homem remando um barco e até mesmo uma mulher idosa, que calmamente tricota na cadeira de balanço. Dorothy também vê Gulch pedalando sua bicicleta, mas de repente se transforma em uma bruxa horrorosa montando uma vassoura e usando um chapéu pontudo. A casa começa a descer, girando até o solo e aterrissando com um estrondo. Apreensiva, ela abre a porta da casa e seus olhos se deslumbram com um lugar maravilhoso. Dorothy tem certeza que não está mais no Kansas, principalmente quando, através de uma bolha colorida, surge Glinda (Billie Burke), a Bruxa do Norte, perguntando se Dorothy era uma bruxa boa ou má. O motivo da pergunta é que os munchkins, os pequenos habitantes daquele lugar, disseram a Glinda que uma bruxa derrubara uma casa sobre a Bruxa Má do Leste, matando-a e os libertando-os de suas maldades. A Bruxa do Leste foi esmagada e agora só se pode ver suas pernas, que usava mágicos sapatos de rubi. Porém uma nuvem de fumaça vermelha anuncia a chegada da Bruxa Má do Oeste, que é igual à Srta. Gulch, e ameaça Dorothy tentando arrebatar os sapatos de rubi, que permanecem nos pés da sua irmã morta. Entretanto a Bruxa do Oeste não tem nenhum real poder na terra dos munchkins e, antes que possa pôr as mãos nos sapatos mágicos, eles surgem nos pés de Dorothy, graças a uma magia de Glinda. A bruxa jura vingança diante de uma terrificada Dorothy, antes de desaparecer em outra nuvem de fumaça vermelha. Dorothy conta para Glinda que ela quer ir para sua casa no Kansas. Glinda não pode ajudá-la, só o grande e Todo-Poderoso Mágico de Oz (Frank Morgan). Glinda diz que ele tem este poder e Dorothy busca a ajuda dele na Cidade de Esmeraldas, onde ele reside. Glinda aponta para ela a Estrada de Tijolos Amarelos e lhe diz para seguir este caminho para chegar na Cidade de Esmeraldas. Antes de partir Glinde diz para ela nunca tirar os sapatos. No caminho conhece um espantalho (Ray Bolger) que quer ter um cérebro e, como visitará um mago, pode ser que ele arrume um cérebro para o espantalho, assim resolvem viajar juntos. Mais adiante encontram um homem de lata (Jack Haley), que anseia por um coração, então os três passam a viajar juntos. Logo depois se deparam com um leão covarde (Bert Lahr), que quer ter coragem, então o quarteto fica mais do que determinado em achar o mágico de Oz.



Edição comemorativa de 70 anos.

Bastidores

L. Frank Baum publicou seu livro O Mágico de Oz (The Wonderful Wizard of Oz) em 1900. Nos anos seguintes foram vendidas milhões de cópias, e Baum escreveu mais treze livros sobre Oz antes de sua morte em 15 de maio de 1919.
Em janeiro de 1938, a MGM comprou os direitos de adaptação sobre o livro. O roteiro estava pronto em 8 de outubro de 1938 (após vários tratamentos). As filmagens começaram em 13 de outubro de 1938 e foram concluídas em 16 de março de 1939. O filme teve sua pré-estréia no dia 12 de agosto de 1939, e em 25 de agosto daquele mesmo ano entrou definitivamente em cartaz.


A escolha do elenco para o filme foi problemática, com atores trocando de papéis repetidamente no começo das filmagens. Uma das principais trocas ocorreu com a personagem Tin Woodsman. Ray Bolger originalmente interpretaria Tin Woodsman e Buddy Ebsen seria o Espantalho. Bolger estava insatisfeito com seu papel e convenceu o produtor Mervyn LeRoy a reescalá-lo como o Espantalho. No início Ebsen não reclamou da mudança, mas nove dias depois de iniciadas as filmagens ele sofreu uma reação alérgica à maquiagem à base de alumínio. Conseqüentemente, Ebsen (agora em estado grave) teve que ser hospitalizado e deixou o projeto. Jack Haley assumiu o papel no dia seguinte. Desta vez a maquiagem usada foi modificada para uma pasta à base de alumínio. Ironicamente, apesar do seu acidente quase fatal com a maquiagem, Ebsen viveu mais tempo que todos os atores principais.
O papel de Dorothy foi dado a Judy Garland no dia 24 de fevereiro de 1938. Depois de escalada, alguns executivos da MGM cogitaram trocá-la por Shirley Temple, mas não conseguiram a liberação da jovem atriz pela Fox. Então, outros executivos da MGM vetaram a idéia.
Interessantemente, a consideração de Temple para o papel de Dorothy impulsionou a Fox à produção de um filme que eles próprios desconheciam. Conhecendo bem o projeto de O Mágico de Oz, eles não apenas negaram a liberação de Temple para a MGM mas decidiram escalá-la num filme "rival", O Pássaro Azul (no original, The Blue Bird). Graças à complexidade dessa produção da Fox e à decisão de filmá-lo repentinamente, O Mágico de Oz chegou aos cinemas americanos um ano antes de O Pássaro Azul. E enquanto a produção da MGM conseguiu uma boa arrecadação, O Pássaro Azul não o fez.
Originalmente, Gale Sondergaard foi escalada para o papel da bruxa vilã. Ela ficou insatisfeita quando sua personagem deixou de ser uma feiticeira levemente glamourosa e tornou-se uma feia bruxa. Ela largou o projeto e foi substituída em 10 de outubro de 1938 por Margaret Hamilton.
Em 25 de julho de 1938, Bert Lahr foi contratado para viver o Leão Covarde. Frank Morgan juntou-se ao elenco em 22 de setembro de 1938 como o Mágico. 12 de agosto de 1938 foi o dia em que Charley Grapewin foi escalado para o papel do Tio Henry.
As canções foram gravadas num estúdio antes do início das filmagens. Algumas das gravações foram concluídas enquanto Buddy Ebsen ainda estava no elenco. Então, mesmo tendo abandonado o projeto, sua voz permaneceu no coro de "We're off to See the Wizard". É fácil identificá-lo.
Dirigido por Richard Thorpe, o filme começou a ser rodado em 13 de outubro de 1938. Thorpe foi demitido após algumas cenas já terem sido gravadas, e George Cukor assumiu a função. Ele mudou a maquiagem e o figurino de Judy Garland e Margaret Hamilton, isso significou que todas as cenas das atrizes precisariam ser novamente filmadas. Porém Cukor tinha um compromisso anterior com o filme E o Vento Levou (Gone with the Wind), e deixou o projeto no dia 3 de novembro de 1938, deixando o cargo para Victor Fleming.
Ironicamente, no dia 12 de fevereiro de 1939, Victor Fleming substituiu George Cukor novamente, agora na direção de E o Vento Levou. No dia seguinte King Vidor assumiu a direção para terminar as filmagens (basicamente as cenas em preto-e-branco da fazenda no Kansas).

Devido a sua estatura icônica, os sapatos de rubi usado por Judy Garland em O Mágico de Oz estão agora entre as mais preciosas e valiosas recordações de filmes da história do cinema. Os chinelos de prata que usava Dorothy na série de livros foram alterados de Ruby para tirar proveito do processo de technicolor novo. Sete pares foram criados para o filme por Adrian Gilbert, designer-chefe da MGM.  Após as filmagens, os sapatos foram armazenados entre a extensa coleção de fantasias do estúdio.  Um destes pares, encontrados no porão do departamento da MGM, foram vendidos em leilão em 1970 por US $ 15.000 a um comprador anônimo que doou-os ao Smithsonian , em 1979. Outros quatro pares são conhecidos por existir, um foi vendido por 666.000 dólares em um leilão em 2000. Um par roubado do Museu Judy Garland em Minnesota ainda está faltando. Outro par original também é propriedade da atriz Debbie Reynolds .

O Mágico de Oz tem sido identificado como sendo de grande importância para a comunidade LGBT, em parte devido a Judy Garland  ser a protagonista. De acordo com o escritor Robert Hopcke, a realidade triste do Kansas implica a presença de homofobia e é contrastada com a terra colorida e aceitação de Oz.  Quando é mostrado Oz, " o cenário é transformado em um rito de aceitação e celebração da comunidade." teóricos também traçaram paralelos entre as pessoas LGBT e personagens do filme, especificamente apontando para vida dos personagens de casal e desejo de Dorothy "para um mundo em que seus desejos interiores podem ser expressos de forma livre e plenamente."

Todas as estrelas do filme, exceto Frank Morgan, que morreu em 1949, viveu o suficiente para ver e apreciar, pelo menos, alguns dos lendária reputação do filme depois que ele veio a televisão. T. O último dos grandes jogadores de morrer foi Ray Bolger, em 1987.

Apesar de sua experiência de quase morte com a maquiagem de alumínio em pó, Buddy Ebsen vibeu mais que todos os membros do elenco principal, pelo menos, 16 anos a mais, embora sua carreira no cinema tenha sido prejudicada pelo incidente. Por causa de sua doença, seguido por seu serviço subseqüente na Guarda Costeira , sua carreira não se recuperaou totalmente até 1950, quando começou uma seqüência de uma série de TV e aparições que iria continuar em 1980. Apesar dos danos em seu pulmão, causados pela maquiagem em pó, ele morreu de complicações de pneumonia em 06 de julho de 2003 com 95 anos.
O Diretor Victor Fleming, o arranjador de música Herbert Stothart, o roteirista Edgar Allan Woolf, o editor Blanche Sewell , e o ator Charles Grapewin (que interpretou o tio de Dorothy Henry) não viveram para ver a transmissão do filme pela tv. Por coincidência, Fleming, Stothart, Sewell e Morgan morreram em 1949, que foi também o ano do relançamento do filme nos cinemas. Woolf tinha morrido no ano anterior e Grapewin morreu em fevereiro de 1956. Com  o fim da decada de 60, também chegou o fim para, Judy Garland, que se juntou a eles: ela morreu em Londres, Inglaterra em 22 junho de 1969, com 47 anos por complicações de ingestão de medicamentos antes de uma apresentação em um concerto agendado. 

Premiações

Ano Prêmio Categoria Resultado
1939 Festival de Cannes Palma de Ouro Indicado
1940 Oscar Melhor trilha sonora Vencedor
1940 Oscar Melhor canção original Vencedor
1940 Oscar Melhor filme Indicado
1940 Oscar Melhor direção de arte Indicado
1940 Oscar Melhor fotografia Indicado
1940 Oscar Melhores efeitos especiais Indicado



Trailer

 Curiosidades
* O livro saiu pela primeira vez em 1900, sob o título de "O maravilhoso mágico de Oz". Três anos depois ganhou várias continuações.

* Cinco estúdios lutaram pelos direitos de O mágico de Oz, livro escrito por L. Frank Baum. Não havia muitas dúvidas que a MGM levaria a melhor na disputa.

* Essa não foi a primeira filmagem. Em 1925 foi realizado um longa metragem dirigido por Larry semon (fazendo o Espantalho), e que tinha Dorothy Dwan como a Dotothy e Oliver Hardy (O futuro Gordo da dupla O gordo e o magro) no papel do Homem de Lata.

* Para os papéis dos habitantes da cidade de Munchkinland foram contratados 350 anões, que foram encontrados por um especialista.

* O papel da bruxa inicialmente iria para Galé Sondergaard, que fez diversos testes, mas quem acabou faturando foi a desconhecida Margaret Hamilton.

* Foi discutida a possibilidade de contratar Shirley Temple para o papel, mas ela sairia muito cara para o papel. Deanna Durbin também foi sondada, mas como estava em outro estúdio (Universal), a MGM desistiu, pois não queria divulgar uma estrela de outro estúdio. Coube a Judy o papel principal.

* O Mágico de Oz foi produzido com o que havia de mais moderno na época: tecnicolor. Mas para não ficar tão caro, foi decidido que as partes do Kansas seriam feitas em P&B.

* Nos primeiros testes de roupas, Dorothy aparecia de cachinhos dourados. Quando o diretor a viu, arrancou a peruca, tirou a maquiagem dela, escolheu também um vestido mais simples. Estava pronta.

* O ambiente era bem hostil para Judy, uma atriz iniciante, que ganhava o papel principal: Bolger e Haley gostavam dela, mas tinham medo que ela ofuscasse suas aparições. Mas ela estava sempre gentil e educada, tratando a todos por senhor.

* Judy tinha 16 anos quando o filme foi realizado, e usou um espartilho bem apertado, que tentava esconder os sinais de uma adolescência, afinal a Dorothy deveria ter 10 anos.

* Custo final da produção: U$ 2.777.080,00. Tornou-se o terceiro filme mais caro da MGM, ficando só atrás de Bem Hur e Terra dos deuses.

* A pré-estréia ocorreu em junho, em San Bernadino. Foi lá que foi decidido que duas canções seriam cortadas: “The jitterbug” e “Over the rainbow”. Na última hora foi decidido que “Over the rainbow” ficaria. Com relação a “The jitterbug”, ainda restam fragmentos gravados numa câmera caseira, e quem viu diz que ela não se encaixava direito no filme.

* Judy ganhou um Oscar especial por seu trabalho no filme, concedido às estrelas jovens.


* Frank Morgan chegou a fazer um teste com uma maquiagem que deixava o Mágico de Oz parecido com o do livro de L. Frank Baum, mas esta foi descartada. Ocorreram mais 5 testes até se chegar à caracterização final do personagem.

* Os produtores chegaram a cogitar a possibilidade de usar um leão de verdade no filme, com sua voz sendo dublada por um ator contratado.

* Quando George Cukor assumiu a direção, ele trocou o figurino de Dorothy e da Bruxa Má do Oeste, mesmo com algumas cenas já gravadas. 
 
* A cada um dos munchkins que aparecem no filme foi pago US$ 50 por semana, enquanto que ao dono do cachorro Totó foi pago US$ 125 por semana.

-- A maquiagem usada por Bert Lahr para compôr o Leão o impossibilitava de comer objetos sólidos, sob o risco dela ser desfeita. Isto fez com que o ator apenas se alimentasse de sopas e milk-shakes durante boa parte das filmagens.

* A atriz Margaret Hamilton, intérprete da Bruxa Má do Oeste, teve que ficar afastada dos sets de filmagens por mais de um mês, após ter se queimado seriamente ao rodar a cena do desaparecimento de sua personagem da terra dos munchkins.

* A estrada de tijolos amarelos inicialmente seria verde. A mudança de cor aconteceu após uma das paralisações nas filmagens, quando ficou definido que a cor amarela seria a melhor a ser usada em um filme feito com Technicolor. 
 
Elenco
Judy Garland  (Dorothy Gale)


 Ray Bolger (Hunk / Espantalho)


 Frank Morgan (Prof. Marvel / Mágico de Oz / Guarda de Oz / Porteiro da Cidade de Esmeraldas


 Jack Haley (Hickory / Homem de Lata)



  Bert Lahr (Zeke / Leão)


 Margaret Hamilton (Srta. Gulch / Bruxa Má do Oeste)



 Billie Burke (Glinda)


 Clara Blandick (Tia Em)


  Charley Grapewin (Tio Henry)




Posters





sexta-feira, 24 de junho de 2011

Um dos principais símbolos sexuais entre o final da década de 1950 e o início dos anos 1960, Mansfield chamou primeiro a atenção do público ao se tornar a playmate da edição de fevereiro de 1955 da revista Playboy. Vencedora de um prêmio Globo de Ouro, atuou em várias produções de Hollywood que enfatizavam o seu lado sensual. Tornou-se, de fato, a primeira atriz a aparecer nua em uma produção hollywoodiana (em Promises! Promises! de 1963). Mas Janye não parou por ai, era conhecida por seu alto QI, falava 5 idiomas e tocava diversos instrumentos, sempre muito dedicada e batalhadora, conseguiu se destacar no cenário cinematográfico Hollywoodiano.

Nascida Vera Jayne Palmer, na Pensilvania em 1933, Jayne na verdade era morena, se tornou loura platinada, por pedido da Warner Brothers.

Seu primeiro papel no cinema foi em um filme de baixo orçamento em 1955, tendo sido filmado em apenas 10 dias, Jayne recebeu por esse trabalho cerca de $150,00. Em 1955 adiantado, Jayne começou a ser observada pela Warner e logo em seguida assinou um contrato de seis meses, a Warner queria que Jayne fosse a versão Marilyn Monroe do estúdio, ja que esta tinha contrato com outro estúdio (20th Century Fox) e rendia milhões . Foi então dado um pequeno papel em Blues Pete Kelly (1955), que estrelou Mansfield, e foi dirigido por Jack Webb. Logo após o lançamento, Blues Pete Kelly, a Warner Brothers emprestou Jayne para o estúdio RKO para filmar um papel no filme Underwater! (1955), estrelado por Jane Russell, neste filme Mansfield foi uma das muitas meninas de biquíni na piscina, ela estava na tela por mais de dois segundos.

Paul Wendkos ofereceu a ela o papel dramático de Lis em  (1957), sua adaptação para o cinema de romance de David Goodis ". filme foi feito no estilo "filme noir", e Mansfield apareceu ao lado de Dan Duryea e Martha Vickers . The Burglar foi lançado dois anos depois, quando a fama de Mansfield estava no seu auge.  Ela foi bem-sucedida nesse papel dramático, embora a maioria de suas aparições em filmes subseqüentes seriam ou comédia ao natural ou para capitalizar seu sex appeal.

Em 1955, ela desfrutou de um sucesso da Broadway, Will Success Spoil Rock Hunter? . Esta comédia estrelou Mansfield como Rita Marlowe, uma selvagem atriz loira. O filme também estrelou Orson Bean e Walter Matthau. Voltando para Hollywood em 3 de maio de 1956, Mansfield assinou um contrato de seis anos com a 20th Century Fox. A Fox tinha planos para moldar Jayne como Marilyn Monroe segundo, para ameaçar Monroe quando ela saiu de linha.  Jayne ganhou então seu grande primeiro papel, como Jerri Jordan na produção de Frank Tashlin 's The Girl Can't help It (1956).  O filme apresenta algumas performances no início de Gene Vincent , Eddie Cochran , Fats Domino , The Platters e Little Richard .

Jayne, em seguida, desempenhou um papel dramático em The Wayward Bus em 1957.  Neste filme, ela tentou se afastar de sua imagem de "loira burra" e estabelecer-se como uma atriz séria. Este filme foi adaptado do romance de John Steinbeck, e o elenco incluiu Dan Dailey e Joan Collins. O filme teve um sucesso razoável na bilheteria. Ela ganhou um Globo de Ouro em 1957 por Atriz Revelação, competindo com Carroll Baker e Natalie Wood, por sua atuação em The Wayward Bus. Ela admitiu ter sido sua melhor atuação, de acordo com The New York Times , em uma carreira intermitente dificultada pela sua imagem extravagante, voz inconfundível e figura voluptuosa. Mansfield reprisou seu papel de Rita Marlowe na versão do filme de 1957 de Will Success Spoil Rock Hunter? , co-estrelado por Tony Randall e Blondell Joan . The Girl Can't help It e Will Success Spoil Rock Hunter? foram sucessos populares em ua carreira e são considerados clássicos


O quarto papel de Mansfield foi no filme Kiss Them for Me (1957) em que ela contracenou com Cary Grant. No entanto, no filme em si, ela é pouco mais que um alívio cômico, enquanto o personagem de Grant mostra uma preferência por uma ruiva, elegante recatada, retratada pela modelo Suzy Parker.

Apesar da publicidade e sua popularidade, bons papéis acabaram sessando para Mansfield depois de 1959.  Ela se manteve ocupada em uma série de filmes de baixo orçamento, feitos principalmente na Europa.  

Jayne Mansfield, também se lançou na música, em 1964, lançou um album cantado em ingles e alemão, intitulado como: Shakespeare, Tchaikovsky & Me , em que ela recitou sonetos e poemas de Shakespeare, Marlowe , Browning , Wordsworth , e outros com um fundo musical de Tchaikovsky. A capa do álbum mostrava uma Mansfield platinada com lábios franzidos e os seios mal cobertos por uma estola de pele.
Embora seus papéis estavam se tornando marginalizadas, em 1964 Mansfield recusou o papel de Ginger Grant em Ilha de Gilligan , alegando que o papel, que acabou sendo dado a Tina Louise , sintetizou o estereótipo que ela queria se livrar.

Mansfield foi casada três vezes, divorciou duas vezes e teve cinco filhos. Consta que ela também tinha negócios e encontros sexuais com varios homens, incluindo Claude Terrail (o dono do restaurante parisiense La Tour d'Argent), F. Robert Kennedy, John F Kennedy, o brasileiro Jorge Guinle, e Anton LaVey. Ela teve um breve affair com Jan Cremer, um jovem escritor holandês que dedicou seu romance autobiográfico 1965, Me, Jan Cremer, para ela. Ela também teve uma relação muito divulgada em 1963 com o cantor Nelson Sardelli, quem disse que ela planejava se casar com ele após seu divórcio com Hargitay.

Mansfield tinha verdadeiro fascínio pela cor rosa e o formato de corações, sua casa, intitulada de The Pink Palace, era toda decorada nessa cor e com diversos itens em forma de coração. 








Tmbém ficaram bastante famosas as fotos em que Jayne Mansfield aparece ao lado de Sophia Loren em um jantar, onde Sophia, não pode deixar de observar os atributos naturais de Jayne...




Enquanto estava em Biloxi, Mississippi , para um compromisso no Stevens Gus Supper Club, Mansfield ficou no Apartments Cabana Pátio, que estavam perto do clube da ceia. Depois do dia 28 de junho de 1967 tarde da noite, Mansfield, Brody, e seu motorista, Ronnie Harrison, juntamente com  os filhos de Mansfield, Miklós, Zoltán, e Mariska, sairiam em direção a Nova Orleans, onde a atriz daria uma entrevista em um programa matutino. Antes de sair de Biloxi, fizeram uma parada na casa de Rupert e Edna O'Neal, uma família que morava nas proximidades. Depois de um jantar com os O'Neal, no qual foram tiradas as ultimas fotografias Mansfield, o grupo partiu para New Orleans. Em 29 de junho, aproximadamente 02:25, na EUA Highway 90 , o carro colidiu com a traseira de uma carreta que havia brecado por causa de um caminhão a sua frente. Os passageiros que estavam nos bancos dianteiros morreram instantaneamente, incluindo Jayne Mansfield, as crianças estavam na parte traseira e sobreviveram com ferimentos leves.

Rumores surgiram imediatamente, de que Jayne havia sido decaptada, o que não foi verdade, apesar da atriz ter sofrido grave traumatismo craniano, ela estava usando uma peruca, que saiu de sua cabeça com o impacto, o que foi suficiente para os jornais sensacionalistas da época publicarem essa mentira.

Sua grandiosa e exuberante mansão rosa, foi vendida e tiveram como moradores subsequentes Ringo Star, Cass Elliott e Engelbert Humperdinck. Infelizmente em 2002, a casa foi demolida.


Há rumores de que sua filha a atriz Mariska Hargitay, uma das estrelas da série Law and Order, filha de Mickey Hargitay, é na verdade filha do cantor carioca Nelson Sardelli.


Principais Filmes
Em Busca de um Homem
Sabes o Que Quero
Diário de um Homem Casado
Ela Era Irresistível
O Beijo da Despedida




terça-feira, 21 de junho de 2011



Sinopse
Uma reunião social acontece numa grande plantação na Georgia, Tara, cujo dono é Gerald O'Hara (Thomas Mitchell), um imigrante irlandês. Na mansão está Scarlett (Vivien Leigh), sua bela e teimosa filha adolescente. Os gêmeos Tarleton, Brent (Fred Crane) e Stuart, imploram para serem seus acompanhantes num churrasco, que haverá em Twelve Oaks, uma plantação vizinha. Scarlett flerta com eles enquanto tenta obter informações sobre o homem que ama obsessivamente, Ashley (Leslie Howard), o primogênito do patriarca de Twelve Oaks, John Wilkes (Howard C. Hickman). Ela ouve algo que a desagrada muito: Ashley está comprometido, o que depois é confirmado por seu pai. Scarlett acha a vida em Tara monótona, mas seu pai diz que Tara é uma herança inestimável, pois só a terra é um bem que dura para sempre. Ela apenasó pensa em Ashley, assim usa seu mais belo vestido para ir ao churrasco, revelando um inapropriado comportamento para um compromisso diurno, apesar das objeções de Mammy (Hattie McDowell), sua protetora escrava. Em Twelve Oaks Scarlett é o centro das atenções, em razão dos vários pretendentes que pairam sobre ela, mas nenhum deles é Ashley. Mais tarde Scarlett ouve os cavalheiros discutindo acaloradamente sobre a guerra eminente que acontecerá entre o Norte e o Sul, crendo que derrotarão em meses os ianques. Só Rhett Buttler (Clark Gable), um aventureiro que tem o hábito de ser franco, não concorda com estas declarações movidas mais pelo orgulho do que pela lógica. Ele diz que não há nenhuma fábrica de canhões no sul e afirma que os ianques estão melhor equipados e têm fábricas, estaleiros, minas de carvão e podem matar os sulistas de fome, pois têm o domínio dos portos, enquanto os sulistas só têm algodão, escravos e arrogância. Um jovem, Charles Hamilton (Rand Brooks), sentindo-se insultado, tenta desafiar Rhett para um duelo, mas ele se esquiva, mesmo sabendo que o derrotaria facilmente, e se retira. Ashley tenta ir ao seu encontro para acompanhá-lo, pois Rhett é um convidado, mas é detido por Scarlett, que quer falar com ele. Os dois vão até a biblioteca e ela fala para Ashley que o ama profundamente. Isto só faz ele lhe dizer que está noivo da prima dela, Melanie Hamilton (Olivia de Havilland). Ashley diz que ama Melanie, entretanto admite que ama Scarlett fraternalmente. Ela fica ainda mais irritada e esbofeteia Ashley, que deixa a biblioteca. Ela então lança um vaso contra a lareira e descobre que atrás de um sofá havia uma outra pessoa, Rhett. Quando Scarlett lhe diz que não é um cavalheiro, Rhett retruca dizendo que ela não é uma dama. pesar deste confronto, é claro que Rhett ficou atraído pela beleza de Scarlett. Em Twelve Oaks chega um cavaleiro, para dizer que a guerra começou. Os homens exultam e Charles vai dizer a Scarlett que a guerra foi declarada, com todos os homens indo se alistar. Enquanto via Ashley se despedir de Melanie, Scarlett ouve Charles lhe pedir em casamento. Movida pela mágoa, ela aceita e diz que quer casar antes que ele parta. Assim Melanie e Ashley se casam em um dia e no seguinte Scarlett se casa com Charles, apesar de não sentir nenhuma atração ou amor por ele. O que Scarlett desconhecia é que o futuro lhe reservava dias muito mais amargos, pois durante a Guerra Civil Americana várias fortunas e famílias seriam destruídas.



Edição comemorativa de 70 anos de lançamento do filme. 



Detalhes dos bastidores

"Existia uma terra de cavalheiros e campos de algodão chamada "O Velho Sul". Neste mundo bonito, galanteria era a última palavra. Foi o último lugar que se viu cavalheiros e damas refinadas, senhores e escravos. Procure-a apenas em livros, pois hoje não é mais que um sonho. Uma civilização que o vento levou!"
(Apresentação do filme)

David O. Selznick prometera a seu pai, Lewis J., que uma dia recuperaria o prestígio do seu nome no mundo do Cinema, abalado pela falência da Select Pictures, antiga companhia da família. Para tal, teve de passar por vários estágios dentro dos estúdios hollywoodianos, até chegar à formação de sua própria empresa, a Selznick International, surgida em 1935.
Os primeiros filmes da nova firma refletiam a preferência do produtor por adaptações de obras literárias, detectada desde os tempos em que trabalhava na Metro e assim não constituiu surpresa quando adquiriu, em meados de 1936, por 50.000 dólares, os direitos do romance Gone With the Wind de Margaret Mitchell, antes mesmo dele se tornar um êxito de vendas. A história tinha sido oferecida a Katherine Brown, chefe do escritório de Selznick em Nova York, por Annie Laurie Williams, agente literário da editora MacMillan e só foi aceita após certa hesitação motivada pelo tema (a Guerra Civil geralmente não garantia boa bilheteria) e pela própria grandiosidade do projeto.

Selznick contratou o consagrado escritor Sidney Howard para condensar as 1.037 páginas do caudaloso best seller, detentor do Prêmio Pulitzer de 1937. Outros membros vieram a compor a equipe: o diretor George Cukor, amigo pessoal de Selznick e o desenhista de produção William Cameron Menzies. Foram estes os principais responsáveis pela planificação do filme.
Selznick contratou o consagrado escritor Sidney Howard para condensar as 1.037 páginas do caudaloso best seller, detentor do Prêmio Pulitzer de 1937. Outros membros vieram a compor a equipe: o diretor George Cukor, amigo pessoal de Selznick e o desenhista de produção William Cameron Menzies. Foram estes os principais responsáveis pela planificação do filme.

No lugar de Ashley Wilkes, Selznick tinha apenas um ator em mente, Leslie Howard (embora Melvyn Douglas e Jeffrey Lynn tivessem feito testes e Ray Milland e Lew Ayres chegassem a ser cogitados). Howard só aceitou o encargo quando lhe foi assegurada uma participação como produtor associado em Intermezzo, uma História de Amor / Intermezzo, a Love Story / 1939.
A contratação de uma atriz para Melanie não tardou, pois Olívia de Havilland logo ganhou o posto, sucedendo a Maureen O’ Sullivan, Janet Gaynor, Marsha Hunt, Geraldine Fitzgerald, Priscilla Lane, Dorothy Jordan, Elizabeth Allan, Andréa Leeds, Frances Dee, Ann Shirley e a irmã de Olívia, Joan Fontaine, na lista de candidatas.

Faltava apenas escolher a intérprete de Scarlett O’ Hara. A primeira cogitada, Norma Shearer, recusou o convite. A seguir, uma série infindável de estrelas (Bette Davis, Tallulah Bankhead, Paulette Goddard, Miriam Hopkins, Joan Crawford, Claudette Colbert, Margaret Sullavan, Carole Lombard, Jean Arthur, Loretta Young, Katharine Hepburn, Ann Sheridan Joan Bennett), algumas novatas (Lucille Ball, Doris Davenport) e centenas de desconhecidas (entre elas Margaret Tallichet, futura esposa do diretor William Wyler e Catherine Campbell, que viria a ser mãe de Patty Hearst) figuraram nos planos do produtor.
A fim de conseguir Clark Gable, Selznick teve de entrar em acordo como seu então sogro, Louis B. Mayer. A Metro cederia o astro, entraria com uma participação no valor da metade dos dois milhões e 250 mil dólares e, em troca, seria responsável pela distribuição e receberia 50% dos lucros. Em 1944, a marca do leão adquiriu direitos totais sobre o filme e Selznick deve ter se arrependido amargamente porque, com os vários relançamentos, o espetáculo tornou-se o “campeão de bilheteria de todos os tempos” (levando-se em conta o número de espectadores e o preço relativo dos ingressos).

Finalmente, a 10 de dezembro de 1938, nos velhos estúdios da RKO-Pathé, em Culver City, as filmagens começaram, mas não havia ainda Scarlett O’ Hara. Sob o comando de William Cameron Menzies, encenou-se diante das câmeras Technicolor a seqüência do incêndio de Atlanta, com a utilização de antigos cenários (de King Kong / King Kong / 1933, Jardim de Alá / Garden of Allah / 1936, etc.), disfarçados com falsas fachadas. Sete câmeras Technicolor fotografaram os dublês dos personagens de Rhett e Scarlett em planos médio e geral com o fogo ao fundo. Foi necessário filmar esta cena antes do verdadeiro início da produção, a fim de limpar a área para a construção do cenário de Tara, partes de Atlanta e vários outros exteriores.

A imprensa e a sociedade local estavam presentes e Selznick aguardava ansioso a vinda do irmão Myron, que chegou acompanhado do ator Laurence Olivier e sua namorada Vivien Leigh, uma jovem e promissora atriz inglesa. A apresentação de Vivien por Myron tornou-se célebre: “Quero que conheça Scarlett O’Hara”. A busca chegara ao fim.

Orientada por George Cukor, a filmagem propriamente dita iniciou-se a 26 de janeiro de 1939, porém o cineasta só dirigiu cerca de 5% do filme, incluindo as seguintes cenas: a de abertura com Scarlett e os gêmeos Tarleton; Mammy amarrando o espartilho de Scarlett antes do churrasco; Rhett visitando Scarlett com o chapéu parisiense; Scarlett ajudando o parto de Melanie; Scarlett enfrentando o desertor nortista; Scarlett sentada na escada ao lado de soldados sulistas sobreviventes dos campos de batalha. Cukor principiou também a seqüência do baile de Atlanta e, nessa ocasião, afastou-se da equipe. Segundo consta, houve divergência entre produtor e diretor com relação ao tom da narrativa, uma vez que Cukor imprimia estilo intimista, contrário à espetaculosidade desejada por Selznick (que havia até pensado em convocar D.W. Griffith para prestar consultoria)

Victor Fleming dirigiu aproximadamente 45% do filme. À exceção da já mencionada passagem do chapéu parisiense, ele filmou toda a história principal envolvendo Rhett e Scarlett; as poucas cenas de Rhett sem Scarlett; o retorno de Scarlett a Tara; a declaração de amor de Scarlett a Ashley no barracão; a licença de Ashley; a colheita no campo de algodão e a morte de Melanie. Em meados de abril, esgotado pelos aborrecimentos seguidos com Vivien Leigh (que, a exemplo de Olívia de Havilland, ia ensaiar em sigilo na casa de Cukor) e insatisfeito com as reclamações de Selznick, Fleming sofreu um colapso nervoso.      Concluindo que o cineasta não reunia condições de prosseguir, o produtor convocou Sam Wood e, a 1º de maio, este iniciava seus 15% de participação no filme com a seqüência em que Scarlett e Melanie saem da igreja em Atlanta e são abordadas na escadaria por Belle Watling. Seguiram-se a do período da Reconstrução; o casamento de Scarlett com Frank Kennedy; Scarlett na serraria; Índia Wilkes surpreendendo Scarlett com Ashley; o aniversário de Melanie; as mulheres reunidas na sala de estar de Tia Pittypat, aguardando a volta dos maridos; a conversa de Melanie com Mammy sobre a vida na mansão dos Butler após a morte de Bunnie Blue.  Com o auxílio imprescindível de Cameron Menzies, Wood manteve a unidade visual do filme. A parceria foi tão bem sucedida, que prosseguiria mais tarde em outras produções (Nossa Cidade / Our Town / 1940, Em Cada Coração um Pecado / Kings Row / 1942, Ídolo, Amante e Herói / Pride of the Yankees / 1942, Por Quem os Sinos Dobram / For Whom the Bells Toll / 1943, Ivy, a História de uma Mulher / Ivy / 1947). Quando Fleming se recuperou e voltou, Selznick conservou Wood e os astros passaram a ser mobilizados por cada um separadamente em horas e sets diferentes.


Na segunda unidade funcionaram James Fitzpatrick (conhecido produtor de shorts para a Metro), B. Reeves Eason, Chester Franklin e Cameron Menzies que, além da seqüência do incêndio, filmou Scarlett e o pai em silhueta; Scarlett e Melanie no hospital; Scarlett nas ruas de Atlanta durante o bombardeio de Sherman e o retorno de Scarlett a Tara após ser deixada por Rhett nos limites da cidade, num total de 15% da realização. Porém o mérito maior de Menzies foi tê-la planificado inteiramente, elaborando cada uma das suas quase 700 cenas em detalhados desenhos, que incluiam desde a concepção cenográfica até a seleção de ângulos de câmera. Eloqüente exemplo do pioneirismo de Menzies neste campo é a sequência em que Scarlett caminha entre os corpos dos sobreviventes da batalha de Gettysburg. A câmera acompanha a personagem num impressionante travelling aéreo, conseguido graças à utilização de um guindaste de 43 metros de altura, que rolava por uma rampa de cimento armado. Cerca de mil figurantes misturados com outros tantos bonecos de cera, contribuíam para a magnificência da tomada. O restante são efeitos especiais e transparência desenvolvidos por Jack Cosgrove, Lee Zavits e a equipe. Muito da suntuosidade de diversos trechos do filme resultou dos truques de laboratório.

Em 1° de julho de 1939, terminou a filmagem e Selznick tinha diante de si uma montanha de celulóide revelado – cerca de 60.000 metros de filme, equivalente a 28 horas de projeção. Trancado dia e noite com o editor Hal C. Kern e seu assistente James Newcom, o produtor montou o filme sem consultar nenhum dos diretores que nela tomaram parte e ordenou a filmagem de cenas adicionais, como aquela em que Scarlett se esconde debaixo da ponte numa tempestade, enquanto uma tropa da União passa sobre a mesma. Sob o comando de Victor Fleming, a cena de abertura foi mais uma vez encenada. A montagem final redundou em 4 horas e 25 minutos de projeção. Efetuaram-se novos cortes e o filme terminou com a duração de 3 horas e 42 minutos.
A primeira apresentação ao público aconteceu em 9 de setembro de 1939, numa sneak preview em Riverside, Califórnia. David Selznick, sua esposa Irene Mayer Selznick, o sócio de Selznick, Jock Whitney e o montador Hal Kern chegaram ao Fox Riverside Theatre, onde estava programada uma sessão dupla com os filmes Noites Havaianas / Hawaiian Nights / 1939 e Beau Gest / Beau Geste / 1939. Quando terminou o primeiro filme, eles pediram ao gerente para exibir…E O Vento Levou. Ao ser anunciada a pré-estréia de surpresa, a platéia delirou. A resposta dos espectadores foi entusiástica. Mesmo assim, Selznick resolveu começar a segunda parte com a marcha de Sherman através da Geórgia e encomendou ao Departamento de Efeitos Especiais uma edição de trechos já filmados com efeitos sonoros de guerra.
Em novembro, o produtor convenceu o chefe da censura, Will Hays, a deixar passar a famosa frase final de Rhett Butler (“Frankly, my dear, I don’t give a damn” – Francamente querida, eu pouco me importo”). A palavra damn era considerada pesada na época, mas Selznick conseguiu sua liberação.


Organizada pelo diretor de publicidade do escritório de Nova York, Howard Dietz, a première teve lugar em Atlanta na noite de 15 de dezembro de 1939, com a frente do cinema Lowe’s Grand decorada como a mansão de Twelve Oaks. Encorajado por Dietz, o Governador da Geórgia, E. D. Rivers, tornou-se provavelmente o único a decretar feriado estadual em virtude do lançamento de um filme. Para não ficar atrás, o Prefeito de Atlanta, William B. Hartsfield, programou três dias de festividades, substancialmente patrocinadas pela Metro. A imprensa estimou em um milhão o número de pessoas aglomeradas na cidade – então habitada por 500 mil cidadãos – no dia da estréia de…E O Vento Levou.
No dia 12 de setembro de 1940, às 20h45m, o filme foi lançado no Cine Metro do Rio de Janeiro (na ocasião só existia o da Rua do Passeio), numa avant-première de gala, sob o patrocínio da Sra. Darcy Vargas, em benefício da Cidade das Meninas. Com os 1.400 lugares inteiramente ocupados, no único intervalo da sessão, às 23 horas, o príncipe D. João de Orleans e Bragança, auxiliado pelas Srtas. Perla Lucena e Maria da Penha Affonseca e pelo Sr. Carlos de Laet, coordenou o leilão de exemplares da obra de Margareth Mitchell, autografados pelos astros principais e em rica encadernação oferecida pela Casa Vallele. Na platéia, conforme um jornal da época, “a mais brilhante representação do nosso oficialíssimo Corpo Diplomtático e a elite patriota”, além do galã John Boles que, de passagem pela cidade, fez questão de participar da festa. No mesmo dia, diretamente de Hollywood, numa transmissão da Hora do Brasil, servindo de locutor Luis Jatobá, Clark Gable e Vivien Leigh e o produtor Selznick saudaram D. Darcy e contaram alguns detalhes da filmagem.
Na sexta-feira, 13, o filme iniciou sua exibição normal em sessões ao meio-dia, 16h e 20h a preços variados de acordo com o dia e a hora do ingresso no cinema, permanecendo oito semanas em cartaz. Nas telas das outras salas de projeção do Rio, Minha Esposa Favorita / My Favorite Wife / 1940, Carnaval de Veneza / Il Carnevale di Venezia / 1939, Rival Sublime / It’s a Date / 1940, A Bela Lillian Russell / Lillian Russell / 1940, Fogo nas Veias / Three Cheers for the Irish / 1940, Último Encontro / Till We Meet Again / 1940 e Charlie Chan e o Estrangulador / Charlie Chan’s Murder Case / 1940 disputavam a preferência do público, mas nenhum filme conseguia arrebatar multidões como…E O Vento Levou.


Premiações
  
Oscar 1940 (EUA)
É o segundo filme com o maior número de indicações ao Oscar, ficando atrás apenas dos empatados A malvada, de 1950, e Titanic, de 1997, que foram indicados a 14 Oscares. …E o vento levou, que teve 13 indicações ao Oscar, conseguiu vencer oito e, fora das indicações tradicionais, conquistou outros dois especiais (um honorário e outro técnico), fato que o fez tornar-se o ganhador de dez estatuetas, sendo superado apenas por Ben-Hur, de 1959, que conquistou onze estatuetas (embora tenha tido menos indicações que …E o vento levou, 12).
Atualmente, ao lado de Amor, sublime amor, de 1961, …E o vento levou também é o segundo filme com o maior número de Oscares ganhos, ficando atrás dos empatados Titanic (onze prêmios em 14 indicações), Ben-Hur, de 1959 (onze prêmios em 12 indicações) e O Senhor dos Anéis: Retorno do Rei, de 2003 (onze prêmios em onze indicações).

Categoria Indicado Resultado
Melhor filme David O. Selznick vencedor
Melhor diretor Victor Fleming vencedor
Melhor ator Clark Gable indicado
Melhor atriz Vivien Leigh vencedor
Melhor atriz coadjuvante Hattie McDaniel vencedor
Melhor atriz coadjuvante Olivia de Havilland indicado
Melhor roteiro adaptado Sidney Howard vencedor
Melhor direção de arte Lyle R. Wheeler vencedor
Melhor fotografia Ernest Haller e Ray Rennahan vencedor
Melhor montagem Hal C. Kern vencedor
Melhores efeitos especiais Jack Cosgrove, Fred Albin e Arthur Johns indicado
Melhor trilha sonora Max Steiner indicado
Melhor som Thomas T. Moulton indicado
Technical Achievement Award (Oscar científico ou técnico) R.D. Musgrave, pelo pionerismo na utilização de equipamentos coordenados na produção do filme vencedor (prêmio especial)
Oscar honorário William Cameron Menzies, pelo excelente desempenho no uso de cores para a valorização do humor dramático na produção do filme vencedor (prêmio especial)


Trailler


 Curiosidades
A frase: “Francamente, minha querida, eu não dou a mínima” consta como a número 1 do hank da AFI (American Film Institute).


Na seqüência aérea em que Scarlett caminha entre corpos e sobreviventes da batalha de Gettysburg foram utilizados também bonecos de cera. Além destes, foram utilizados mil extras.

E o Vento Levou foi o primeiro filme colorido a ganhar o Oscar de Melhor Filme.

...E o Vento Levou, Branca de Neve e os Sete Anões e O Exorcista são os únicos filmes de todos os tempos a serem reprisados com lucro ao longo dos anos.

Apesar da direção ter sido creditada exclusivamente a Victor Fleming, ele dirigiu apenas 45% do filme, com o restante cabendo a George Cukor, Sam Wood, William Cameron Menzies e Sidney Franklin, todos não-creditados.

Entre os roteiristas do filme tiveram participação também os escritores F.Scott Fitzgerald e William Faukner.

Os créditos do filme dizem que George Reeves fez o personagem Brent Tarleton, enquanto que Fred Crane fez Stuart Tarleton. Na verdade, Crane fez Brent e Reeves fez Stuart.

Margaret Mitchell, autora do livro em que ...E O Vento Levou foi baseado, escreveu o romance entre 1926 e 1929. Sua intenção original era dar protagonista o nome de Pansy O’Hara.

Apenas um mês após o livro de Mitchell ter sido lançado, o produtor David O. Selznick comprou os direitos de sua adaptação para o cinema por US$ 50 mil, a mais alta quantia já paga até então pela adaptação do primeiro livro de um autor.

Mais de 1400 atrizes foram entrevistadas para o papel de Scarlet O’Hara, sendo que mais de 400 chegaram a fazer leitura do roteiro.

As filmagens propriamente ditas de ...E o Vento Levou iniciaram-se a 26 de janeiro de 1939 por George Cukor, que dirigiu cerca de 4% da fita. Cukor principiou também a sequência do baile de Atlanta e, nessa ocasião, afastou-se da equipe.

Depois por escolha de Clark Gable, o diretor escolhido foi Victor Fleming, que dirigiu aproximadamente 45% do filme. Em meados de abril, esgotado pelos aborrecimentos seguidos com Vivien Leigh (que, a exemplo de Olivia de Havilland, ia ensaiar, em sigilo, na casa de Cukor), e insatisfeito com as reclamações de Selznick, Fleming sofreu um colapso nervoso. – Sam Wood assumiu a direção a 1º de maio, iniciando seus 15% de participação no filme. Quando Fleming recuperou-se e voltou os dois diretores continuaram na direção mas em horas e sets diferentes.

Este é o 4º de 5 filmes em que o diretor Victor Fleming e o ator Clark Gable trabalharam juntos. Os demais foram Terra de Paixões (1932), A Irmã Branca (1933), Piloto de Provas (1938) e Aventura (1945).

Apenas após o início das filmagens foi escolhida a intérprete de Scarlett O’Hara, uma das protagonistas do filme. A escolha de Vivien Leigh foi feita pelo próprio produtor David O. Selznick.

Bette Davis chegou a ser convidada para o papel de Scarlet O’Hara, mas o recusou por achar que teria que contracenar com Errol Flynn, que terminou também não fazendo parte do elenco de ...E o Vento Levou.

Este é o 1º de 2 filmes em que Clark Gable e Thomas Mitchell atuaram juntos. O posterior foi Aventura (1945). – Este é o 1º de 5 filmes em que Olivia de Havilland e Hattie McDaniel atuaram juntas. Os demais foram: O Intrépido General Custer (1941), Assim é que Elas Gostam (1942), Nascida para o Mal (1942) e
Graças à Minha Boa Estrela (1943).

A primeira cena de ...E o Vento Levou a ser filmada foi a do incêndio em Atlanta. Foram rodados 113 minutos de metragem, sendo que o que pegou fogo realmente foram sets de filmes antigos, como alguns da primeira versão de King Kong.

Mas o fogo provocado foi tão intenso que vários moradores próximos ao local ligaram para os bombeiros, pensando que o próprio estúdio da MGM estava pegando fogo.

Vivien Leigh trabalhou nos sets de filmagem por 125 dias e recebeu por isso a quantia de US$ 25 mil. Já Clark Gable trabalhou por 71 dias e ganhou US$ 120 mil.

Corria nos bastidores que Vivien Leigh não suportava as cenas de beijo com Clark Gable, por ele ter um mau hálito insuportável.

Em 1º de julho de 1939 terminaram as filmagens e Selznick tinha diante de si uma montanha de celulóide revelado – cerca de 60.000 metros de filme, equivalente a 28 horas de projeção.

Trancado dia e noite com o montador Hal C. Kern e seu assistente, James Newcom, o produtor montou a fita sem consultar nenhum dos diretores que nela tomaram parte e ordenou a filmagem de cenas adicionais, como aquela em que Scarlett se esconde debaixo da ponte numa tempestade, enquanto uma tropa da União passa sobre a mesma.

A produção de ..E O Vento Levou custou pouco mais de US$ 5 milhões aos cofres da MGM. Quatro anos depois de seu lançamento, a renda obtida pelo filme nas bilheterias já superava a marca dos US$ 32 milhões.

Hattie McDaniel não pôde comparecer na première de ...E O Vento Levou em Atlanta porque era negra, - Ela foi a primeira atriz negra a conquistar um Oscar;


 Elenco


 Vivien Leigh - Scarlett O'Hara




 Clark Gable - Rhett Butler



 Olivia de Havilland - Melanie Hamilton Wilkes

 
 Leslie Howard - Ashley Wilkes (falecido apenas 3 anos após a filmagem de ...E o Vento Levou)




 Hattie McDaniel - Mammy



 Butterfly McQueen - Prissy






Posters












Fontes:  Wikipedia
Nostalgia-br
adoro-cinema